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Deixe-me ser mulher: Lições à minha filha sobre o significado de feminilidade 40

40 | RESTRIÇÃO DE PODER


Um dos propósitos de Deus em organizar as coisas da forma como fez é restringir o poder. Homens e mulheres recebem tipos especiais de poder, e cada tipo precisa ser especificamente restringido. Aos maridos, que devem tomar a iniciativa, comandar e dominar, Deus ordena especificamente que amem suas esposas. Não é um tipo comum de amor que está em vista aqui. Eles devem amá-las de duas maneiras — primeiro, “como também Cristo amou a igreja”, o que significa entrega. Nenhum homem que estabeleça isso como seu princípio primordial tomará a iniciativa, comandará ou dominará de forma a engrandecer a si mesmo. Sua aceitação da autoridade que Deus lhe deu é sua obediência a Deus. Sua aceitação da maneira como essa autoridade deve ser exercida provará seu amor pela mulher. Em segundo lugar, ele deve amar sua esposa “como ao próprio corpo”, o que significa que deve nutri-la e apreciá-la. Isso também é como Cristo. A igreja é o seu corpo. O amor de Cristo pela igreja é um amor que nutre e aprecia, um amor que assume a responsabilidade de cuidar dela. Você já pensou nas regras de cortesia e cavalheirismo como sendo, em sua essência, baseadas nesse princípio cristão? Seu noivo, consciente de ter maior força física e da obrigação de cuidar de você, abre portas para você, anda pelo lado de fora da calçada, ajuda-a a pôr o casaco, fica de pé quando você entra no recinto. Você, permitindo que ele a aprecie, aceita essas cortesias com graciosidade, vendo nelas muito mais do que a pura etiqueta social que, em nossos dias, é frequentemente desprezada como uma tola fabricação de distinções que não deveria haver entre as pessoas. Assim como o poder do homem sobre a mulher é restringido pelo amor, o poder da mulher sobre o homem é restringido pelo mandamento da submissão. Toda mulher sabe que dispõe de meios para conseguir o que quer. Não é a força física que é mais poderosa. Não é a capacidade de lidar com abstrações de alto nível. Ela pode ser tão ou mais inteligente que o marido, e pode ter mais dons que ele. Quer seja esse o caso ou não, ela também tem “artimanhas”, poder emocional e poder sexual. Tais coisas devem ser contidas. O tipo de restrição que Deus requer dela é a submissão. João Calvino escreveu: Deus é a Fonte de ambos os sexos. Por isso, ambos devem humildemente aceitar e preservar a condição que lhes foi designada por Deus. Que o homem, pois, exerça sua autoridade com moderação. [...] Que a mulher viva contente com sua posição de submissão. [...] Caso contrário, ambos se livrariam do jugo do Deus que fez tais diferenças em suas posições visando a que as mesmas lhes fossem benéficas. Paulo também nos lembra de que devemos nos submeter uns aos outros. Certamente há momentos em que o marido cristão, ao amar sua esposa como Cristo amou a igreja, submete-se aos desejos dela. O amor é incapaz de não presentear e, com frequência, a dádiva consiste em renunciar às próprias preferências. Ao fazer isso, o marido não está reconhecendo a autoridade de sua esposa; ele está entregando sua vida.

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